domingo, 30 de março de 2008

D. Nuno Álvares Pereira
  • Nuno Álvares Pereira é um dos cavaleiros portugueses mais conhecidos da nossa história, não só pela sua bravura, mas por toda a história da sua vida.
  • Filho de uma família fidalga, Nuno Álvares Pereira nasceu a 24 de Julho de 1360 e tinha pouco mais de 20 anos quando se deram as suas grandes aventuras contra os exércitos castelhanos.
  • Com apenas 13 anos entrou para a corte do rei D. Fernando, sendo então escolhido para ser escudeiro da rainha D. Leonor Teles ao mesmo tempo que aprendia tudo sobre a guerra e as armas com um tio. Pouco tempos depois foi logo armado cavaleiro.
  • Casou-se com apenas 16 anos. Pois é, nesse tempo era mesmo assim! Casou-se por conveniência dos pais em 1376, com D. Leonor de Alvim. Também esta situação era muito comum na época.
    Durante a crise de 1383, provocada pela morte de D. Fernando, colocou-se ao lado do Mestre de Avis, que parecia mais preocupado em defender os interesses de Portugal do que D. Leonor Teles, a regente do reino.
  • D. João, Mestre de Avis, chamou-o para o conselho do governo e mais tarde, durante as cortes de Coimbra, nomeou-o Condestável do Reino, um cargo criado pelo rei D. Fernando.
    Entre 1383 e 1385 liderou o exército português a várias vitórias, sendo as mais conhecidas as da Batalha de Aljubarrota e da Batalha dos Atoleiros, onde usou a técnica do quadrado.
    Esta técnica baseou-se numa estratégia militar usada por Alexandre Magno em exércitos maiores, e que Nuno Álvares Pereira tinha descoberto há pouco tempo num livro. Decidiu adaptá-la e resultou!
  • Em 1388 iniciou a edificação da capela de São Jorge de Aljubarrota e, em 1389, a do convento do Carmo, em Lisboa, onde se instalaram os frades da ordem do Carmo, no ano de 1397.
  • Tornou-se rico e poderoso, mas soube dividir com os seus companheiros de armas grande parte das terras que lhe foram doadas. No fim da vida, teve o cuidado de repartir também pelos netos os seus domínios e títulos.
  • Sabias que a sua vida de soldado não acabou com a crise de 1383/85?Ainda participou na conquista de Ceuta, em 1415, onde mostrou novamente o seu grande valor.
  • Nunca perdeu uma batalha que fosse liderada por si. Conta-se que a sua espada, que tinha o nome de Maria gravado, lhe dava a devida protecção.
  • Nuno Álvares Pereira acabou a sua vida ligado à Igreja. Depois de se tornar viúvo entrou para o Mosteiro do Carmo em 1423, por ele fundado, mudando o nome para frade Nuno de Santa Maria.
  • Por ter dedicado os seus últimos dias à Igreja e a ajudar os mais pobres, depois da sua morte, em 1431, o povo começou a chamá-lo de Santo Condestável.Este título nunca foi verdadeiro, mas ficou perto com a sua beatificação em 1918.
  • Uma das filhas de Nuno Álvares Pereira casou com D. Afonso, um dos filhos de D. João I, dando início à Casa de Bragança, uma família que reinou em Portugal e da qual é descendente D. Duarte de Bragança.
Clica na imagem e conhece a Ordem de Avis...


Símbolo da Ordem de São Bento de Avis: em campo de prata, cruz flordelisada de verde





sexta-feira, 28 de março de 2008


Distintivo da antiga ordem militar de Avis é formado por uma cruz florida, de esmalte verde, perfilada de ouro.


Os monges guerreiros das Ordens militares do Templo, dos Hospitalários, de Calatrava (mais tarde Ordem de Avis) e de Santiago de Espada desempenharam um papel muito importante nas lutas da Reconquista cristã.
O grão-mestre de cada Ordem exercia a autoridade máxima nessa ordem.
Contrariamente aos outros militares, os monges guerreiros não recebiam remuneração, tendo de viver dos rendimentos próprios das suas ordens.

Infantaria na Batalha de Aljubarrota
A infantaria na Idade Média era constituída pelos homens a pé que acompanhavam os fidalgos e os prelados nas hostes, os peões vindos dos concelhos e que se situavam hierarquicamente abaixo dos cavaleiros-vilãos. Eram peões aqueles que não tinham bens suficientes para possuírem cavalo. A seguir viriam os besteiros do conto, também a pé.
Armados de lança ou de pique, os peões constituíam a melhor tropa de infantaria. Consoante os seus rendimentos, eram obrigados a ter espaldeira, gorjeira, escudo e lança, ou besta.
Os besteiros eram em menor número porque a besta era mais dispendiosa e, também, de manejo mais difícil. O escudo (cetra), os dardos, o arco para flechas, os virotões, os fundos, os punhais, etc. eram também utilizados pelos peões.
A besta usada pela infantaria era a besta de polé. Era pesada e por isso, como os arcos muito mais leves, os arqueiros levavam vantagem relativamente aos besteiros. Também existiram besteiros a cavalo, utilizando a besta de Garrucha, que era muito mais leve do que a besta de polé.
As bestas lançavam seras, virotões e balas de barro ou de chumbo. Os besteiros, para se protegerem, apoiavam no chão os seus escudos. Era variável a relação entre o número de besteiros e o dos peões, beneficiando os primeiros de maiores regalias e de mais importância social. Provindos dos mestres (ou ofícios) os besteiros exercitavam-se no manejo das suas armas atingindo grande destreza a atirar com as bestas.
Na batalha de Aljubarrota interviram 900 besteiros e 4000 peões, isto é, aí a proporção era de 1 para 5. Mas, ao penetrar em Castela, D. João I levou consigo 2000 besteiros e 4000 peões, pelo que a proporção passou a ser de 1 para 2.
A Peste Negra

Os cientistas actuais conseguiram descrever a doença nas suas várias formas e identificar a origem. Sabem que a peste negra é provocada por uma bactéria a que deram o nome de "Pasteurella pestis". Essa bactéria vivia no estômago ou no sistema circulatório da pulga. A pulga alojava-se no pêlo dos roedores, com preferência pelas ratazanas pretas. A doença transmitia-se ao ser humano pela mordedura das pulgas. O nome peste negra derivou das tais manchas pretas que apareciam na pele à volta das mordeduras e nos bubões resultantes do inchaço dos gânglios. Hoje sabe-se que essa cor resultava da gangrena. Os cientistas contemporâneos deram nome às três variedades: "peste bubónica", "peste pulmonar" e "peste septicémia"

clica na imagem e vem espreitar a crise de 1383-85



quarta-feira, 19 de março de 2008

sexta-feira, 14 de março de 2008